Os paradigmas de avaliação utilizados até recentemente, no campo da educação no Brasil, estão sofrendo modificações. A forma anterior de testar os alunos não satisfaz mais aos educadores. Freire compara o processo avaliativo com uma “relação bancária”, o professor deposita informações prontas e os estudantes devem “reproduzir” o conhecimento que recebeu. (Freire, 1996)Tentando avançar em novos paradigmas, a auto-avaliação é compreendida como a forma pela qual o sujeito será estimulado a acompanhar seu próprio crescimento, usando-se para tal auto-avaliações sistemáticas, que o ajudarão a perceber, a discutir e a superar suas dificuldades e fracassos.A eficácia da aprendizagem não é dependente apenas da idade, experiência e nível intelectual, mas também da construção de estratégias cognitivas e metacognitivas que possibilitem ao sujeito planejar e monitorar o seu desempenho escolar, isto é, que permitem a tomada de consciência dos processos que utiliza para aprender e a tomada de decisões apropriadas sobre que estratégias utilizar em cada tarefa e, ainda, avaliar a sua eficácia, alterando-as quando não produzem os resultados desejados (Silva & Sá, 1993).Nesta perspectiva, para aprender é preciso aprender como fazer para aprender, que não basta fazer e saber, mas é preciso saber como se faz para saber e como se faz para fazer (Grangeat, 1999). A metacognição pode, então, ser vista como a capacidade chave de que depende a aprendizagem, certamente a mais importante: aprender a aprender, o que por vezes não tem sido contemplado pela escola.